segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O Voto Nulo, mais que um protesto, uma opção!

O Voto Nulo deixou de ser uma prática de protesto aos que estão no poder e passou, para o Sindicalismo Revolucionário, a ser parte de nossa proposta de ruptura com o sistema parlamentar partidário, onde prevalece o clientelismo e altas taxas de corrupção.

A cada dois anos, não há uma renovação dos quadros parlamentares, mas a fixação da maioria dos profissionais políticos, que aprenderam a arte de enganar o povo com promessas bonitinhas que o povo precisa.

A cada dois é a mesma coisa, dizem isso e aquilo. O que não explicam é que no meio parlamentar estão assentados vícios de décadas de política corporativista, clientelista e excludente.

Como os parlamentos (municipais, estaduais e federais) são arenas onde diversos partidos e seus políticos se enfrentam, o sistema tende a ser sempre moderado e conservador, por mais que os “mais radicais” tentem a fazer algo. Só podem funcionar na base da barganha e isso significa, na maioria das vezes abrir mão de suas idéias para o sistema andar, de forma lenta, vagarosa, principalmente para quem tem necessidades urgentes que não podem esperar os arranjos políticos das esferas parlamentares.

Esse quadro resumido é o que se repete ano após, com pouca participação de nossa classe, que vê na política um ambiente nocivo, parasita, corrupto e que só lhe causa decepção (impostos que voltam, como o “ICMS”, famílias de políticos que mandam e desmandam, parlamentares ladrões sendo reeleitos, a cada ano, ganhando mais carta branca para manter a roubalheira!).

Todos os partidos se mostram cada vez mais comprometidos com sua própria causa e tentam, com sucesso, levar nossa classe no bico! Tanto de esquerda como de direita, o que manda é o assistencialismo e os favorecimentos políticos, deixando a sociedade, de platéia risonha ou bravejadora, a assistir seus mandos e desmandos.

Tudo isso sabemos! E que defendemos todos os anos eleitorais?

Que nossa classe assuma o controle através da autogestão política, através das bases organizadas no sindicatos revolucionários, nos comitês de luta contra a carestia, nos comitês antifascistas, nas organizações descentralizadas dos bairros, assumindo a política de forma direta, sem interventores, sem políticos, sem patrões, sem Estado.

A sociedade não precisa do Estado para viver, mas o Estado precisa da sociedade para se manter! E que o Estado retribui com isso? Migalhas, assistencialismo, favorecimento aos setores patronais e ao capital, dominando e mantendo nossa classe explorada e oprimida!

Somente organizados de forma descentralizada, aprendendo a fazer política de forma direta, sem partidos, sem políticos é que podemos reverter a desigualdade social existente.

O Voto Nulo é só uma parte da ação, a outra é já irmos nos organizando e agindo diretamente de forma descentralizadas. O sindicalismo revolucionário é útil nesse processo, porque desenvolve a luta e a organiza nossa classe de forma única, constituindo a base para mudar o sistema, tendo as organizações sindicais revolucionárias, uma vez composta de trabalhadores das mais diversas áreas, as condições de manter uma forma de produção que um novo sistema necessite, e se adaptar as necessidades e condições que o novo sistema urgirá. É a retomada dos meios de produção pelos seus reais donos, nossa classe oprimida e explorada. Nisso consiste a luta de emancipação que defendemos.

Entenda mais nossa proposta, entrando em contato:

fospcps@anarkio.net

Fonte: http://www.fosp.anarkio.net/cmanarca/cma_030.html

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