William Ernest Henley, (Gloucester, Gloucestershire, Inglaterra), 23 de agosto de 1849 - (Woking, Surrey, Inglaterra), 11 de julho de 1903, foi um escritor britânico.
Era o primogênito de seis irmãos, filho de um modesto vendedor de livros. Apesar da difícil condição financeira, seu pai conseguiu enviá-lo para uma escola secundária, a Crypt Grammar School, que não pode concluir por motivos de saúde e financeiros. Tinha apenas doze anos de idade quando foi diagnosticada sua artrite decorrente do bacilo da tuberculose.
Aos 16 anos teve a perna esquerda amputada abaixo do joelho. Em 1867, perdeu seu pai, tornando-se arrimo de sua mãe viúva e de seus irmãos. Em 1869, mudou-se para Londres onde conseguiu emprego como jornalista autônomo. Em 1872, sua doença o compeliu a viajar em tratamento para Edimburgo, Escócia, onde escreveu a coleção de poemas In Hospital e se apaixonou por Anna Boyle, com quem viria a se casar.
Em 1875, tornou-se amigo íntimo de Robert Louis Stevenson, que fora levado ao hospital para o conhecer. Nesse mesmo ano teve alta e retornou a Londres, onde se tornou editor da revista London.
Em 1878, casou-se com Anna Boyle com quem teve sua única filha, Margaret, em 1888, que faleceu de meningite apenas cinco anos depois.
Em 1889, tornou-se editor da revista Scots Observer, onde, nesse mesmo ano, escreveu uma crítica desfavorável de O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, que desencadeou uma célebre controvérsia entre ambos.
Henley era um homem entusiasmado e apaixonado, com opiniões veementes e emoções intensas, e teve discussões com muitos outros contemporâneos. Permaneceu como editor da Scots Observer, cujo nome mudara para “National Observer”, até 1894.
Morou em várias cidades inglesas com sua esposa. Morreu em 1903 de tuberculose.
Sua grande publicação foi The Song of the Sword, em 1892. O seu poema mais famoso é Invictus.
Fonte: Wikipédia
InvictusAutor: William E Henley
Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.
Tradutor: André C S Masini
Fonte: Casa da Cultura
Copyright © André C S Masini, 2000
Tradução publicada originalmente no livro "Pequena Coletânea de Poesias de Língua Inglesa"
Poema original:
Invictus
by William E Henley
Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate;
I am the captain of my soul.

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