DICAS DE SEGURANÇA PARA QUEM PAGA PELO SEXO COM GAROTOS DE PROGRAMA:
Gay vivo não dorme com inimigo
- EVITE levar desconhecidos ou garotos de programa para casa. Prefira fazer programas em hotéis, motéis ou saunas para gays.
- INVESTIGUE a vida da pessoa com quem pretende sair. Prefira conhecidos ou indicados por amigos e só saia se souber que é de confiança.
- NUNCA beba líquidos oferecidos pelo parceiro desconhecido. A bebida (ou chiclete) pode conter soníferos.
- SE LEVAR alguém para casa, não o esconda do porteiro, ou de vizinhos. Eles podem ajudá-lo na hora do perigo. É bom ter uma boa relação
- SE FOR POSSÍVEL demonstre para seu parceiro eventual que é gay assumido. Isso evita chantagem ou tentativa de extorsão.
- NÃO SE SINTA inferior. Não se mostre indefeso, evite passividade, medo, submissão. Se ele lhe ameaçar, faça escândalo
- EVITE fazer programa com mais de um michê. Antes da transa, acerte todos os detalhes: preço, duração, preferências eróticas.
- NÃO HUMILHE o parceiro. Não exiba joias, riqueza ou símbolos de superioridade que despertem a cobiça do garoto de programa.
- SE O ENCONTRO for na sua casa, tranque a porta e esconda a chave. Não deixe armas, facas e objetos perigosos à vista.
- SE FOR AGREDIDO procure a polícia, peça exame de corpo de delito e denuncie o caso aos grupos de ativistas.
FONTE: GRUPO GAY DA BAHIA
O OUTRO LADO DA MOEDA: A INSEGURA VIDA DOS GAROTOS DE PROGRAMA
Trecho do texto "Prostituição masculina", por Carlos Alexandre Neves Lima:
Fonte: Direitos Fundamentais LGBTGarotos de programa são marrentos, gostam de subjugar gays, mas também são vítimas destes, os quais igualmente muitas vezes não poupam esforços para humilhá-los, direta ou indiretamente.
Mas se alguns clientes têm medo de garotos de programa, a recíproca é verdadeira. Determinados garotos de programa também receiam por sua vida quando fazem programas. O programa pode ser totalmente furado, clientes loucos, agressivos, desonestos e perigosos também é um fato real, sendo certo que garotos de programa vão para onde mandam, o que os tornam mais suscetíveis e vulneráveis.
Faço um parêntese para lembrar uma cena épica do filme “Mysterious Skin”, quando o garoto de programa é agredido e violentado por um cliente.
Cada um faz aquilo que quer mas, infelizmente, a vida dos garotos de programa possui uma linha muito tênue entre o cotidiano de um trabalho como outro qualquer e a marginalidade. A vida que levam não é nada fácil e o preço que pagam pode ser bastante caro.
Onde dinheiro e sexo andam juntos numa 'rasa' relação com 'briga pelo poder' já é complicado, o que dizer quando se inclui a facilidade da convivência com pessoas que são movidas pela ambição, domínio e sem censuras? Pior, se neste ambiente não for incomum estarem presentes os desajustados que se permitem roubar, agredir e se dar bem a qualquer custo? Sim, isto existe. Alguns bandidos utilizam a fachada de garoto de programa apenas para encontrar sua vítima e facilitar o seu verdadeiro intento de dar golpe em 'cinderelas' desejosas e desatentas.
Dá para imaginar como deve ser complicado se manter acima da linha que o separa da marginalidade criminal? O preço que este garoto paga é alto, altíssimo. Vida fácil seria se o ambiente que vivesse fosse assemelhado a um convento, com orações, palavras boas e apenas exemplos de bondade. Quem pode responder até onde aquilo que condenamos como reprovável (por pior que seja a primeira vista), que se torne cotidiano e comum para o garoto deixa de ser visto como algo anormal e censurável? Neste caso, escambar para o crime depende apenas de um simples passo em falso.
Garotos de programa, antes de qualquer coisa, são garotos apenas, e, como todos os outros, precisam de apoio, acesso a informação e saúde, direitos sociais e, também, da ajuda do Estado. Este sim, inapto e descuidado com este garoto, desde sempre. Trabalhar com o corpo pode (ou não) ser opção, e não há nada de indigno nisto, mas é inadmissível que continuem a trabalhar nos subterrâneos da vida, no submundo marginal, apenas porque assim manda a moral e bons costumes. É uma hipocrisia.
Há necessidade premente de ser rompido o circulo vicioso da falta de dignidade nesta relação do garoto de programa e cliente.
Trata-se de uma relação de sexo por dinheiro e fim. Não cabe julgar. O garoto de programa deve ser tratado com o mesmo respeito e dignidade que tratam os demais trabalhadores, inclusive, o presidente da república, pois uma vez reconhecido o respeito, também muito mais fácil o consequente respeito pelo cliente. Só é possível dar aquilo que se tem.
Por todo Brasil há propagandas de saunas que oferecem os serviços de garotos de programa. Não deveria ser crime a exploração de sexo para aqueles que desejam oferecer livre e conscientemente seus serviços para este fim, em local mais seguro. Assim como estas saunas deveriam ser obrigadas a contratação oficial destes rapazes, com direitos plenos, viabilizando mais efetividade à saúde pública, direitos previdenciários, seguro desemprego, férias e etc, como todo e qualquer outro cidadão trabalhador.
O reconhecimento pelo estado acerca da dignidade de um prostituto é o primeiro passo que deve ser dado. Se isto ocorresse os garotos de programa do Maranhão, vitimados na Espanha, não teriam passado por tal situação desumana.
Exploração por escravidão sexual no primeiro mundo, em pleno ano 2010, é um soco inadmissível aos direitos fundamentais.

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