quarta-feira, 13 de abril de 2011

MANIFESTO CONTRA A INTERVENÇÃO IMPERIALISTA NA LÍBIA

MANIFESTO CONTRA A INTERVENÇÃO IMPERIALISTA NA LÍBIA


Estamos assistindo, mais uma vez, a repetição do filme ‘Invasão do Iraque 1990’, ‘Invasão do Iraque 2-2003’, ‘Invasão do Afeganistão 2001’. Com a desculpa de defesa da democracia ou supostas razões humanitárias os U$A e seus asseclas, a grande burguesia de tradição colonialista/imperialista européia estão promovendo uma nova Guerra contra a Líbia. Supostamente para impedir que o ditador líbio continue massacvrando seu próprio povo, dentro do processo de revoltas do mundo árabe. Mas ao mesmo tempo que retaliam a Líbia se omitem completamente sobre os massacres de cidadãos na Siria, no Bahrein e no Yemem com o apoio de tropas da Arabia Saudita – aliada dos U$A.

Há 41 anos a Líbia vive uma situação complexa, sob o regime totalitário de Muammar Al Qathafi. Seu governo instalou um modelo próprio de socialismo, descrito no “Livro Verde”, o qual se contrapõe explicitamente aos regimes democráticos do Ocidente (Estados Unidos, França, Reino Unido, entre outros). Na prática, a Líbia possui certo nível de organização de massas, derivada dos Conselhos Populares, ainda que submetidos, em último grau à ditadura comunista autoritária. Estes Conselhos acabaram colaborando de certo modo com o surgimento do movimento de oposição à Qathafi, revelando a existência de grandes contradições internas na configuração política daquele país.

Em decorrência do seu isolamento cultural, o mundo Ocidental quase não tem acesso à realidade política e social, principalmente pelas diferenças linguísticas. Assim, a compreensão sobre os conflitos históricos internos e externos da Líbia fica majoritariamente restrita à comunidade árabe, tornando possível toda sorte de manipulação de informações pelos dirigentes da cúpula imperialista. De qualquer modo, não interessa aos grupos capitalistas internacionais analisar os prós e contras do governo de Qathafi, reduzindo a questão somente aos interesses econômicos, sendo a exploração do petróleo o principal deles.

Portanto, a coalisão das forças militares internacionais, lideradas pelos Estados Unidos, é uma grande farsa, supostamente formada sob o imperativo humanitário. Não obstante, é uma grande contradição iniciar um conflito armado alegando a defesa da população. Caso houvesse algum interesse em garantir os direitos dos líbios, a ONU deveria apoiar a revolta popular, garantiriam a total autonomia do movimento rebelde.

A situação atual do conflito demonstra que os grupos imperialistas assumirão o controle sob a política líbia, impondo um regime "democrático", acarretando uma derrota ao movimento popular. Nesse sentido, a propaganda midiática do mundo democrático Ocidental tem nutrido o ódio irracional contra Qathafi, a fim de promover um consenso universal a favor dos ataques contra a Líbia.

A partir disso, nós, da FOSP/COB-ACAT/AIT, como defensores incondicionais da liberdade humana adotamos uma posição clara, expressa nas seguintes premissas:

1) Contra as intervenções militares em todo e qualquer país!

2) PELA LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO OPERÁRIA E POPULAR EM TODOS OS PAÍSES!

3) PELO RESPEITO A VIDA E AO MEIO AMBIENTE!

6) POR LIBERDADE E AUTOGESTÃO!

7) PELO SOCIALISMO LIBERTÁRIO!

FOSP/COB-ACAT/AIT

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